sexta-feira, 24 de agosto de 2012

Teorias da população


    
No século XVIII, Thomas Malthus, pastor da igreja anglicana, formulou a teoria sobre o crescimento populacional. Malthus afirmava que a população crescia em ritmo geométrico, enquanto a produção de alimentos crescia em ritmo aritmético.   
As projeções eram pessimistas, pois haveria escassez de comida. Essa teoria não se concretizou, pois ocorreram avanços importantes no setor agropecuário que garantiram a elevação da produção alimentar e, no século XX, a difusão de métodos contraceptivos seguros reduziu a natalidade.
Atualmente, há fome e desnutrição no mundo, mas isso se dá pela má distribuição de alimentos e não pela produção.
A partir de 1960 o mundo assistiu ao ápice do crescimento populacional, isso se deu pela redução da mortalidade nos países subdesenvolvidos.
Surgiram então, os neomalthusianos, pessoas que defendiam a tese do pastor anglicano, de que o crescimento demográfico seria o responsável pela pobreza dos países.
De acordo com esses teóricos, uma população jovem demandaria mais gastos com creches e escolas, assim sobrariam menos recursos para os setores produtivos da economia, da indústria e da agricultura, dessa forma garantir o pleno desenvolvimento e melhoria das condições de vida pessoas.
A implementação de métodos de controle de natalidade seguros, seria a solução correta.
Teóricos dos países subdesenvolvidos elaboraram a teoria reformista, no qual o atraso desses países seria o responsável por suas altas taxas de natalidade e, por isso, eles ficariam impossibilitados de oferecer melhores condições nas áreas da saúde, saneamento e educação à população.
A solução é fazer investimentos efetivos na área social e criar programas eficazes de planejamento familiar.
Há períodos de mudança no padrão de crescimento demográfico das populações. Numa fase pré-transição, a natalidade e a mortalidade são elevadas. Consequentemente, o crescimento vegetativo é baixo. Na primeira fase da transição, há redução da mortalidade em decorrência das campanhas massivas de vacinação e da difusão de medicamentos e de saneamento básico. Há, assim, elevação do crescimento vegetativo. Num segundo momento, ocorre também a redução da natalidade e do crescimento vegetativo. Chega-se ao período pós-transição, marcado pelas baixas natalidade e mortalidade.
No continente europeu, esse processo já se concretizou, mas nos países subdesenvolvidos ele ainda está em curso. Desde 1950 tem se verificado a redução da mortalidade nesse grupo de países e, nas últimas décadas, também da natalidade, o que contribuiu para a diminuição do crescimento vegetativo. Nesse processo, a elevação da urbanização também possui papel relevante.
No caso do Brasil a partir de 1930 iniciou-se o processo de industrialização e urbanização que trouxe muitas mudanças que ajudaram a influenciar no nosso crescimento. Até então, o Brasil era um país agrário, com população rural.
Nos anos 50, o lado urbano do Brasil começou a crescer. Muitas pessoas começaram a deixar os campos para trabalhar nas cidades, principalmente nas regiões sudeste (onde a industrialização era muito ativa) e na região centro-oeste (construção de Brasília).
Estrutura etária da população
É representada por meio de gráficos em forma de pirâmides e associadas ao grau de desenvolvimento dos países.
Pirâmides representativas de países desenvolvidos possuem base estreita, indicando baixa natalidade e elevado número de adultos e idosos, por conta da alta expectativa de vida decorrente das boas condições de vida.

     
  Outros indicadores econômicos
O Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), da ONU, foi criado no início da década de 1990 e se baseia em três índices socioeconômicos importantes: expectativa de vida, grau de instrução da população e PIB per capita. O resultado é uma classificação que varia de 0 a 1 e reflete as desigualdades existentes entre as nações.
O Produto Interno Bruto (PIB) dos países também permite a análise da situação econômica de cada um deles. Já a mortalidade infantil é um importante indicador da situação social de um país em relação a outro.
O programa das Nações Unidas para o desenvolvimento (Pnud) mede o chamado Índice de Pobreza Humana (IPH), que reflete as dificuldades da população dos países em relação à longevidade, ao conhecimento, à inclusão social e à provisão econômica.
Movimentos populacionais
 Toda migração está relacionada a uma área de repulsão populacional e a outra de atração. As motivações de saída, muitas vezes, são necessidades do próprio grupo, como busca de trabalho, oportunidades de estudo, melhores condições de vida etc. Também há, contudo, motivações externas, como epidemias, fome  e até mesmo tragédias naturais – furacões, terremotos ou tsunamis.
O período compreendido entre o século XVIII e o início do XX marcou importantes movimentos migratórios, principalmente de saída de europeus rumo a diferentes partes do mundo, sobretudo em direção à América e à Oceania.
Ainda no século XX, houve migrações na Índia e no Paquistão, além de no Oriente Médio, em razão de guerras e conflitos regionais.
Nas últimas décadas, os movimentos mais importantes têm ocorrido de países pobres em direção à nações desenvolvidas da Europa e da América do Norte. A busca de melhores condições de vida e oportunidades de trabalho são as principais motivações. Essa situação tem reforçado, nos países ricos, movimentos para conter as migrações, com vigilância cada vez maior das fronteiras e enrijecimento das leis anti-imigração. Verifica-se também, em alguns desses países, o recrudescimento (aumento) do racismo e da xenofobia.

Imagens Google. Moderna Editora.Ens. Médio.

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