sábado, 1 de dezembro de 2012

Blocos econômicos resumidamente falando


Se a globalização parece tender a tornar o mundo um só, os países parecem preferir ir por partes. Blocos de comércio regional, como a União Europeia, o Mercosul e o Nafta, estabelecem um mercado livre de tarifas alfandegárias.

     Mercosul
·   Fundado em 1991 com a assinatura do Tratado de Assunção. Em dezembro de 1994, foi aprovado o Protocolo de Ouro Preto, que estabelece a estrutura institucional do MERCOSUL e o dota de personalidade jurídica internacional.
·   Países fundadores: Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai. São Estados Associados do Mercosul a Bolívia (desde 1996), o Chile (desde 1996), o Peru (desde 2003), a Colômbia e o Equador (desde 2004). Ainda que não sejam Estados Associados, em 2012,Guiana e o Suriname passaram a contar com formas de participação nas reuniões do MERCOSUL.
·      Atualmente, conta com a Venezuela como membro fixo. A Bolívia está para se tornar o sexto Estado Parte.
·      Membros associados: Bolívia, Chile, Equador e Peru.
·      Propósito: promover maior integração comercial entre os membros, mesmo enfrentando dificuldades.
Em 2009, a Argentina, com o objetivo de proteger a indústria local, estabeleceu altas taxas de importação sobre produtos eletrônicos brasileiros. Já o Chile tem preferido fazer acordos bilaterais com outros países individualmente, desconsiderando o bloco.

     Nafta
·      Fundado em 1994.
·      Países membros: México, Canadá e Estados Unidos.
·   Problemas enfrentados: fazendeiros mexicanos reclamam dos subsídios que os Estados Unidos dão a seus produtores. O acordo não favorece a mobilidade de pessoas para os Estados Unidos, principalmente os mexicanos.

União Europeia
·      Fundada em 1956.
·      Países membros: Alemanha, Áustria, Bélgica, Bulgária, Chipre, Dinamarca, Eslováquia, Eslovênia, Espanha, Estônia, Finlândia, França, Grécia, Holanda, Hungria, Irlanda, Itália, Letônia, Lituânia, Luxemburgo, Malta, Polônia, Portugal, Reino Unido, República Tcheca, Romênia, Suécia.
·      Reúne desde 2004 vários ex-membros do antigo bloco soviético.
·      Permite o livre trânsito de cidadãos entre seus países.
·   Moeda em comum, o euro (que não é usado na Inglaterra, Dinamarca, Suécia entre outros).
Contudo, a tentativa de adotar uma Constituição única europeia e a entrada da Turquia no bloco encontram resistência. 

      Tigres Asiáticos
·      Fundação a partir dos anos 1970.
·      Países membros: Taiwan, Cingapura, Coréia do Sul e Hong Kong.
·      Apresentam em comum o fato de terem obtido um rápido crescimento econômico e desenvolvimento industrial e tecnológico entre as décadas de 1970 e 1990.
·   O termo "tigre" está relacionado com a forma agressiva e rápida que atuaram na economia.
· Utilizaram uma política de baixos impostos, investimentos em tecnologia e educação, incentivos às exportações, abertura para a entrada de capital estrangeiro, forte participação na economia de mercado, inserção na globalização e grande oferta de mão-de-obra barata e disciplinada.
·      A estratégia adotada foi desenvolver produtos com tecnologia agregada e preços competitivos.

      Alca - Área de Livre-Comércio das Américas
·      Fundada em 1994 e assinada por 34 países.
·      Objetivo eliminar, paulatinamente, as barreiras alfandegárias entre os países.
·      Cuba não faz parte deste acordo em função do bloqueio imposto pelos EUA.
·   Quando estiver em pleno funcionamento, a Alca será um dos maiores blocos econômicos do mundo.
·   Em funcionamento, a Alca terá, aproximadamente um PIB (todos os países juntos) de US$ 20 trilhões e uma população de cerca de 850 milhões de habitantes
·      A ALCA encontra resistência de países em desenvolvimento, temerosos da sua implantação.
·      Uma abertura geral poderia provocar a ruína de parques industriais nestes países, devido à fraca economia e o pouco desenvolvimento de alguns países.
     Apec – Cooperação Econômica Ásia – Pacífico
  • APEC começa como um grupo de diálogo informal de nível ministerial, com 12 membros.
  • Em 1993, o ex-presidente dos Estados Unidos, o Sr. Bill Clinton, instituiu a prática de uma reunião anual da APEC pelos líderes econômicos.
  • Os membros fundadores foram: Austrália, Brunei, Canadá, Indonésia, Japão, Coréia, Malásia, Nova Zelândia, Filipinas, Cingapura, Tailândia e Estados Unidos.
  • Metas: estabelecer a livre circulação de mercadorias e de capitais entre as nações desenvolvidas do bloco e institui-la também nos países em desenvolvimento até 2020 formando uma área de livre-comércio.
  • Países membros: Austrália, Brunei, Canadá, Chile, China, Cingapura, Coreia do Sul, Estados Unidos, Filipinas, Indonésia, Japão, Malásia, México, Nova Zelândia, Papua - Nova Guiné, Federação Russa, Tailândia Taiwan e Vietnã.
  • Juntos esses países somam mais de 30 trilhões de dólares (aproximadamente 50% da produção mundial).
  • Com uma população de 2,7 bilhões de pessoas (cerca de 40% da população do planeta) o que o coloca como o maior bloco econômico regional em potencial.
CEI – Comunidade dos Estados Independentes
·         Fundação: 21 de dezembro de 1991.
·   Os líderes de 12 das 15 repúblicas soviéticas reuniram-se em Alma Ata, no Cazaquistão, para instituir e declarar o fim da União Soviética.
·        Entre os 15 países que se tornaram independentes da URSS, três não aderiram à CEI, são eles: Lituânia, Letônia e Estônia, as chamadas Repúblicas Bálticas.
·      Problemas enfrentados: economicamente e socialmente, decorrentes da transição de uma economia planificada e estatizada para uma economia globalizada e cada vez mais competitiva.
·      Países membros: Armênia, Azerbaidjão  Belarus, Cazaquistão, Federação Russa, Geórgia, Moldávia, Quirguistão, Tadjiquistão, Turcomenistão, Ucrânia e Uzbequistão.
    SADC – Comunidade de Desenvolvimento da África Austral
  • Fundado em 1992 é o mais importante bloco econômico do continente africano.
  • O objetivo é estimular as relações comerciais entre as 15 nações da região meridional da África até tornar-se um mercado comum entre os países membros.
  • Entre as nações que fazem parte da SADC, a África do Sul é o mais importante, pois corresponde economicamente a cerca de 60% da produção total do bloco.
  • Além da SADC, há na África outros blocos econômicos regionais, como a Comunidade Econômica e Monetária da África Central (EMCCA) e a Comunidade Econômica dos Estados da África Ocidental (ECOWAS).
  • Problemas enfrentados: a tentativa de integrar os blocos regionais depara-se com grandes  obstáculos como carência de infraestrutura, baixo nível de industrialização, dependência econômica, pobreza, fome, epidemias, guerras civis, etc.
  • Países membros: África do Sul, Angola, Botsuana, Lesoto, Madagascar, Malauí, Maurício, Moçambique, Namíbia, República Democrática do Congo, Seicheles, Suazilândia, Tanzânia e Zimbábue.
 O Brasil e a ALCA

O Mercosul ganhou força nos últimos anos – não obstante as crises econômicas enfrentadas pelos países-membros – com a recente adesão do Chile, da Bolívia e do Peru em caráter de países associados.
Tal articulação regional em torno do Mercosul tem posto em xeque a influência dos Estados Unidos na América do Sul, sobretudo no que diz respeito às intenções  de Washington de criar uma área de livre-comércio para todo o continente americano, a Alca.
De acordo com vários especialistas, a criação da Alca traria grandes problemas econômicos à região, principalmente ao Brasil, pois nos Estados Unidos há empresas que dispõem de tecnologia, organização, escala de produção, redes de comercialização, marcas, etc., consideravelmente superiores às brasileiras.
Essa superioridade afetaria o sistema produtivo brasileiro de forma negativa.
A economia brasileira estaria fadada à condição de economia agrícola ou agroindustrial e produtora de bens industriais leves ou tradicionais.
Apesar das limitações e das desvantagens que a Alca pode trazer para o Brasil, há quem defenda a adesão do país a esse acordo, argumentando que, esse o Brasil não participar desse bloco econômico regional, ficará isolado e perderá poder de negociação com outros mercados internacionais.
Não funciona dessa maneira, pois uma área de livre-comércio pode favorecer as trocas comerciais, mas não é o único responsável pela expansão do comércio internacional.
Um ponto negativo destacado é que, a floresta Amazônica poderia ter a exploração de sua biodiversidade monopolizada por empresas norte-americanas.
A Alca é vista por muitos como uma necessidade da economia norte-americana de monopolizar as Américas, dessa forma o Brasil e a maioria dos países americanos perderia sua autonomia na condução de aspectos essenciais da política econômica.
Na visão de muitos a Alca é uma forte ameaça à soberania de cada país.

Portanto, a economia destes países direcionou-se, principalmente, para o mercado externo. São países que apresentam altos volumes de exportação.
Além do desenvolvimento econômico, atualmente, são considerados países que apresentam ótimos índices educacionais e sociais.
OMC
A OMC foi fundamental para a viabilização da queda das tarifas alfandegárias e para a formalização de alianças econômicas regionais.
A OMC foi fundada em 1995, sucedendo o antigo Acordo Geral de Tarifas e Comércio (Gatt), e tem como objetivo estabelecer regras e acordos que orientem o comércio internacional de produtos e serviços, assim como os fluxos financeiros entre os países.  

Fonte: Apec.org. Suapesquisa.com. Geografia, espaço e vivência, Editora Saraiva. Imagens Google. 



De Marx à queda da União Soviética

   
   
O comunismo é uma doutrina política e econômica que propõe um sistema social em que a propriedade privada, o individualismo e a economia baseada no lucro sejam substituídos por propriedades coletivas, pelo controle dos principais meios de produção e recursos naturais e pela partilha dos bens produzidos de acordo com as necessidades de cada um;
O Estado não existe;
Teórico do socialismo Karl Marx.
Socialismo científico: Marx e Engels.
Idealizador de uma sociedade com distribuição de renda justa e equilibrada, o economista, cientista social e revolucionário socialista alemão Karl Heinrich Marx, nasceu no dia 05 maio de 1818, cursou Filosofia, Direito e História das Universidades de Bohn e Berlim, foi um dos seguidores das ideias de Hegel (Georg Wilhelm Friedrich Hegel, filósofo alemão, nascido em 27 de agosto de 1770 e falecido em 14 de novembro de 1831);
Marx foi expulso da maior parte dos países europeus devido ao seu radicalismo. Seu envolvimento com radicais alemães e franceses, no agitado período de 1840, fez com que ele levantasse a bandeira do comunismo e atacasse o sistema capitalista.

    Ideias Marxistas
O capitalismo era o principal responsável pela desorientação humana;
A classe trabalhadora deveria unir-se com o propósito de derrubar os capitalistas e aniquilar de vez a característica abusiva deste sistema;
O sistema capitalista seria o responsável pelas maiores crises e intensificadas pelas diferenças sociais;
O excedente originado pelo trabalhador acaba sempre na mão do capitalista, classe que fica cada vez mais rica à custa do empobrecimento do proletariado;
Criador da obra “O capital” em 1867 que tem como tema principal a economia;
Juntamente com Engels escreveu “O manifesto comunista”;
Marx faleceu em Londres na Inglaterra em 14 de março de 1883. Lênin era marxista, na URSS utilizou ou tentou utilizar as ideias de Marx para sustentar seu comunismo (socialismo). Nem todos os marxistas concordavam com os caminhos utilizados pelo líder bolchevique.

    Engels
Friedrich Engels, filósofo alemão e amigo de Karl Marx. Engels nasceu em 28 de novembro de 1820 em Wuppertal, Alemanha. Faleceu em Londres, no dia 5 de agosto de 1895. Engels juntamente com Marx criou o marxismo (socialismo científico).

Revolução Industrial: profundas mudanças na Europa; exploração do trabalho operário e desigualdades sociais acentuadas.
Críticas e contradições do capitalismo: grande produção de riquezas; beneficiamento de uma minoria.
O Socialismo Científico serviu de inspiração para movimentos operários, sindicais e revolucionários no século XX.
Existência futura de um bloco de países socialistas, entre o final da Segunda Guerra Mundial e o início dos anos 1990.
Países adotaram o socialismo, também chamado de socialismo real; promoveram mudanças socioeconômicas e estruturais.
Observação: Não incorporaram plenamente os ideais marxistas.
Primeiro país socialista foi a URSS surgiu em 1922, consequência da vitória bolchevique em 1917.
A Revolução Russa de 1917 foi uma série de revoltas políticas na Rússia. O Governo provisório propôs uma alienação entre os partidos Menchevique e Bolchevique, seus líderes foram, Vladimir Ilitch Ulianov (Lênin), pelos bolcheviques e Yuly Martov e George Plenakov, mencheviques.
O partido dos mencheviques queria uma revolução em longo prazo (sem pressa), enquanto o bolchevismo o abate imediato e a ditadura proletária.  
Os personagens na Revolução Russa:

· Lênin (Vladimir Ilitch Ulianov: coordenador e líder bolchevique da revolução);
· Trotsky (Levi Davidovich Bronstein): braço direito de Lênin e sucessor do mesmo;
· Yakov Mikhailovich Sverdlov: mandante do assassinato dos Romanov;
· Yakov Mikhailovich Yarovsky: capitão da guarda Tchekhov e executor da família Romanov;
· Nicholas Aleksandrovich Romanov: último imperador da Rússia (czar vem de Cézar, o imperador romano).

Território original soviético em 1924: Rússia, Ucrânia, Belarus, Geórgia, Armênia e Azerbaijão.
Até 1940 eram 15 as repúblicas soviéticas e 22 milhões de Km², entre a Europa Oriental e a Ásia.
Crescimento econômico e ascensão militar a partir da Segunda Guerra; fortalecimento país no cenário geopolítico.
O socialismo se expandiu pelo Leste europeu, imposição pelo perfil autoritário e poderio militar da URSS e de Josef Stalin.
Governos socialistas fora da Europa com experiências mais duradouras: China (1949), Coréia do Norte (1953), Cuba (1961) e Vietnã (1976). Houve algumas tentativas na África (Angola e Moçambique) e na América Central (Nicarágua) na década de 1980. Não houve êxito, pois devido às interferências externas e as guerras civis.
O socialismo não obteve o sucesso esperado e acabou por ser extinto na URSS em dezembro de 1991. Após uma análise das causas no qual determinaram que o sistema socialista não fosse amplamente produtivo. Os motivos que levaram a extinção desse regime autoritário foram:

· Estagnação científica e tecnológica.
· Endividamento do Estado (arcava sozinho com os custos), pois ajudava os países que faziam parte do bloco soviético.
· Corrupção por parte da coordenação geral do partido.
· Falta de liberdade política.
No final dos anos 1970, a URSS teve de enfrentar dificuldades econômicas, diminuição na indústria e agropecuária e abastecimento interno, má qualidade da produção e queda no crescimento da economia e do PIB.
A estagnação se instalaria nos anos 1980. A crise econômica na URSS teve relação com a dificuldade do país em acompanhar a revolução tecnológica iniciada nos anos 1970.
Os avanços na indústria militar e espacial não eram transferidos para os demais setores da economia (defasagem tecnológica em relação à economia mundial).
Os pesados investimentos na área militar para manter o equilíbrio como os EUA e a ajuda econômica aos aliados pesavam no orçamento limitando drasticamente investimentos na economia civil.
O excesso de centralização das decisões, burocracia e o rigor do planejamento econômico como elementos responsáveis pela falta de dinamismo na administração e produção da economia.
As dificuldades enfrentadas pelo governo soviético repercutiam pelo Leste Europeu, cujas economias se organizavam de acordo com o mesmo modelo.
Antes do capitalismo, o sistema predominante era o Feudalismo, cuja riqueza vinha da exploração de terras e também do trabalho dos servos. O progresso e as importantes mudanças na sociedade fizeram com que este sistema se rompesse. Estas mesmas mudanças que contribuíram para a decadência do Feudalismo, cooperaram para o surgimento do capitalismo. O capitalismo é o sistema socioeconômico em que os meios de produção (terras, fábricas, máquinas, edifícios) e o capital (dinheiro) são propriedade privada, ou seja, tem um dono. Diferentemente do socialismo onde a economia é planificada, ou seja, toda estrutura é baseada em planos – burocráticos; a propriedade coletiva dos bens de produção e terras; Monopartidarismo, limitação de um único partido, o Partido Comunista. Não existe divisão do trabalho, apenas a classe trabalhadora.
O muro que dividia Berlim e a separação da Alemanha constituíam os principais símbolos da Guerra Fria. Apesar da proximidade geográfica, a mesma origem histórica e cultural. Havia muitas diferenças na Alemanha. De um lado estava à democracia pluripartidária, a hegemonia da propriedade privada e da livre iniciativa, uma sociedade rica, que apresentava altos índices de produtividade. Do outro lado, a ditadura do partido único, a exclusividade da propriedade estatal. A queda do Muro de Berlim, e a reunificação da Alemanha, foram fatores marcantes para a chegada da Nova Ordem Multipolar, ou seja, não seria mais bipolar onde eram duas forças antagônicas de poder, a capitalista e a socialista.
Após o término da Segunda Guerra Mundial, o território alemão foi dividido em quatro zonas de ocupação até virar uma nova entidade, a Bizone. Os países que ficaram responsáveis pela Alemanha foram Reino Unido, França, União Soviética e Estados Unidos.
Os Estados Unidos reconstruíram o Oeste europeu e lançaram-se como superpotência, dessa forma duas forças antagônicas de poder dominaram o mundo, a capitalista e a socialista.
A Guerra Fria foi uma guerra de tensões em que os poderosos soviéticos e os norte-americanos não se atacavam, mas promoviam conflitos no mundo inteiro. Algumas guerras patrocinadas por ambos: Vietnã, Guerra da Coréia, conflito no Afeganistão (Bin Laden lutou contra a ascensão soviética no Oriente Médio), Guerra Irã e Iraque (Saddam Hussein lutou contra o regime totalitário do Aiatolá Khomeini e a Revolução Iraniana em 1979, o islamismo), sendo que ambos eram muçulmanos, mas de correntes diferentes, pois Saddam era sunita e o aiatolá xiita. A Ditadura Militar nos países da América do Sul (medo norte-americano do avanço ”Comunista” no hemisfério sul).  
O socialismo é um modo de organização social no qual existe uma distribuição equilibrada de riquezas e propriedades, com a finalidade de proporcionar a todos um modo de vida mais justo. O bloco soviético se dissolveu e os países que pertenciam ao antigo regime, tomaram rumos diferentes. Dentre os países que se mantêm fiéis ao socialismo, podemos citar a Coréia do Norte e Cuba. A China já abriu as portas para o mercado externo.
O último presidente da URSS renunciou em 1991, após ter fracassado na tentativa de recuperar a economia do país e evitar a dissolução (separação) das repúblicas. Mikhail Gorbachev, foi eleito em 1985, instaurou a Perestroika (reestruturação) e a Glasnost (transparência), no qual pretendia remodelar a antiga URSS.
A Revolução Russa de 1917 foi uma série de revoltas políticas na Rússia. O Governo provisório propôs uma alienação entre os partidos Menchevique e Bolchevique, seus líderes foram, Vladimir Ilitch Ulianov (Lênin), pelos bolcheviques e Yuly Martov e George Plenakov, mencheviques.
O partido dos mencheviques queria uma revolução em longo prazo, enquanto o bolchevismo o abate imediato e a ditadura proletária.   

    Perestroika e Glasnost
Gorbatchev é eleito em 1985 como presidente da União Soviética. Tentou solucionar a crise com reformas profundas nas estruturas política e econômica do país.
Através da Glasnost, iniciou um processo de abertura política visando promover uma gradual democratização no plano interno e uma distensão nas relações com o bloco capitalista, incluindo acordos de desarmamento, no plano externo.
A Perestroika consistia num programa de reestruturação econômica que visava a modernização e a recuperação da capacidade produtiva, através da capacitação de investimentos no exterior e da diminuição dos gastos do Estado com a produção de armas.
A crise impulsionou as sociedades do Leste Europeu a realizar movimentos populares, reivindicando democratização e o fim da submissão à Moscou.
A partir de novembro de 1989, com a queda do muro de Berlim, um rápido processo de mudanças no Leste Europeu, culminou com o fim dos regimes socialistas, eleições gerais e abertura econômica para o capitalismo.
O enfraquecimento do poder central soviético abriu espaço para manifestações políticas das populações e de todas as repúblicas, que reivindicaram autonomia.
O agravamento da situação isolou Gorbatchev, que ainda sofreu uma tentativa de golpe por parte das alas mais conservadoras do governo em agosto de 1991.
A pressão pelo separatismo entre as repúblicas levaram em 25 de dezembro de 1991, alguns dias depois da assinatura do Tratado de Minsk pelos governos da Rússia, Ucrânia e Belarus a extinguir a União Soviética e criar a Comunidade dos Estados Independentes (CEI).
Comunidade dos Estados Independentes (CEI) (em russo: é uma organização supranacional envolvendo 12 repúblicas dos 15 novos países que surgiram com a dissolução da União Soviética, exceto as repúblicas bálticas da Letônia, Estônia e Lituânia). Essas ex-repúblicas buscaram um distanciamento da Rússia e uma aproximação com a Europa Ocidental. Em 2004 os três países ingressaram na União Europeia, a zona do Euro. Em 2009, a Geórgia se desligou do grupo.
O antigo grupo pertencia à antiga União Soviética (Armênia, Azerbaijão, Bielorrússia, Cazaquistão, Quirguistão, Moldávia, Rússia, Tajiquistão, Turcomenistão, Ucrânia e Uzbequistão) fundada em 8 de dezembro de 1991. Este novo acordo de união política teve como principal impulsionador o presidente russo Boris Ieltsin e marcou a dissolução da União Soviética.
"O Oeste Europeu foi reconstruído através do Plano Marshall, uma forma de fortalecer o capitalismo e a hegemonia dos Estados Unidos. Através do plano de empréstimo e reconstrução foi possível recuperar e reorganizar a economia dos países capitalistas, aumentando o vínculo deles com os Estados Unidos, principalmente através das relações comerciais.
O responsável pelo Plano foi o secretário de estado norte-americano Jorge Marshall".
Fonte: Almanaque Editora On Line. Professor edi.geo. Imagens google.





quarta-feira, 31 de outubro de 2012

As sub-regiões do Nordeste

                           
     O quadro humano e econômico do Nordeste apresenta grandes diferenças, sobretudo quando comparamos as características do litoral com as do interior da região. O interior, dominado pelo clima semiárido, é pouco povoado e bem menos desenvolvido economicamente, ao contrário da faixa litorânea, que concentra grande parte da população e os maiores centros urbanos e industriais da região.
   
        Em relação ao quadro natural, esses contrastes podem ser observados nos diferentes tipos de relevo, clima e vegetação existentes na região. O clima semiárido predominante no interior da região deu origem à Caatinga, ecossistema formado por uma vegetação mais resistente e adaptada ao clima bastante quente e seco. O clima quente e úmido que predomina ao longo da faixa litorânea favoreceu o desenvolvimento da floresta Tropical, que, originalmente, se estendia desde o Rio Grande do Norte até o Rio Grande do Sul.
       Devido a essa diversidade do quadro natural, podemos dividir o Nordeste em quatro sub-regiões: a Zona da Mata, o Agreste, o Sertão e o Meio-Norte.
 
    As sub-regiões:

Ø Zona da Mata: Região de clima quente e chuvoso, originalmente coberta pela floresta Tropical, nesta porção litorânea também chamada de Mata Atlântica (daí a denominação Zona da Mata). É a região mais povoada e industrializada do Nordeste, com importantes centros urbanos e indústrias, como Salvador e Recife, e grandes latifúndios monocultores de cana-de-açúcar, a base da economia colonial e presente na paisagem até os dias atuais. Essas áreas antes eram antes ocupadas pela floresta Tropical, mas a vegetação acabou por ser substituída. Lugar de onde todo o pau-brasil já havia sido retirado. A vegetação ocupava a borda leste das serras e chapadas que margeiam a faixa litorânea.
        Outro fator que contribui para o desaparecimento da Mata Atlântica nessa sub–região é que nela foram estabelecidos povoamentos que se transformaram em importantes cidades: as capitais dos estados do Rio grande do Norte, da paraíba, de Pernambuco, de Alagoas, de Sergipe e da Bahia, o que a tornou a mais populosa das sub-regiões.
         Além de ser a sub-região mais industrializada e desenvolvida economicamente, apresenta muitos problemas sociais, tais como condições precárias de muitas moradias nos centros urbanos, elevado índice de desemprego e salários muito baixos, principalmente nas atividades agropecuárias.

Ø Agreste: Região de transição entre a Zona da Mata e o Sertão, apresentando trechos mais secos, onde predomina a Caatinga. Enquanto na Zona da Mata prevalecem os latifúndios monocultores, no Agreste predominam os minifúndios policultores com destaque para à produção agrícola (feijão, mandioca, milho, café e algodão).
       Também se desenvolveram a pecuária leiteira e as indústrias de derivados do leite e de bens de consumo, principalmente doces, sucos geralmente desenvolvidas em pequenas e médias propriedades. Também as indústrias de móveis, calçados e têxteis.
     O comércio é outra atividade muito importante do Agreste. Nesse setor, destacam-se as feiras livres das cidades de Campina Grande, no estado da Paraíba; Feira de Santana e Vitória da Conquista, na Bahia; Caruaru e Garanhuns, no estado de Pernambuco.
     Muitos municípios do Agreste cresceram em decorrência da produção algodoeira, que se expandiu nessa sub-região, a partir do século XIX, e impulsionou indústrias têxteis, já no século XX.
       As inovações tecnológicas incorporadas à produção, nas últimas décadas, resgataram a importância do algodão no Agreste, onde essa cultura tinha praticamente desaparecido em consequência de uma doença devastadora, conhecida como “bicudo algodoeiro”.  
         Campina Grande, na Paraíba, convive com a cultura do algodão desde o início do século XX. Hoje, a cidade tem um polo têxtil  consolidado  e destaca-se no cenário nacional não só  pela quantidade da produção, mas por um diferencial tecnológico: o algodão colorido, desenvolvido pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e exportado para países da América Latina e da Europa.
     Resultado de doze anos de pesquisa – desenvolveu-se a partir de uma variedade nativa da região, conhecida como mocó –, o algodão em tons de marrom ajudou a fortalecer a cidade como polo têxtil e levou as fábricas da região a se organizarem para conquistar o mercado externo.

Ø Sertão: é a maior sub-região do Nordeste, o sertão nordestino também é conhecido como Nordeste seco.  Dominada pelo clima semiárido, quente e seco, com curtos períodos chuvosos que duram de dois a três meses do ano. A Caatinga é a vegetação típica do Sertão, formada por plantas resistentes e adaptadas à falta de água, como os cactos. No período das estiagens, os leitos de muitos rios que correm no Sertão secam completamente (são os chamados rios temporários).
        No interior do Sertão, em algumas áreas de vertentes de serra ou em zonas de transbordamento de rios, há terrenos planos encharcados, originados a partir de rios permanentes ou intermitentes. São os chamados brejos, áreas para onde são carregados pela enxurrada, na época chuvosa, os materiais decompostos. Depositando-se no solo, esses materiais formam uma camada mais espessa e úmida, propícia à agricultura.
        A pecuária extensiva e a agricultura comercial de frutas, café, algodão, soja, milho, feijão, arroz e mandioca são as principais atividades do Sertão. A maioria da população rural dessa sub-região vive da agricultura e da pecuária de subsistência.

Ø Meio-Norte: é a região que abrange o estado do Maranhão e a maior parte do estado do Piauí. Região de transição entre o Sertão, de clima semiárido, e a Amazônia, de clima equatorial quente e úmido. Por isso, a região apresenta vegetação bastante variada, com a presença da Caatinga, no Piauí, do Cerrado, da Mata dos Cocais e também da floresta Amazônica, no Maranhão.
       A Mata dos Cocais, explorada pelas atividades de extrativismo vegetal. Da carnaúba, extraem-se óleos e ceras para fabricação de velas e lubrificantes. Da palmeira de babaçu, é possível extrair o palmito e o coco para a produção de óleos usados pelas indústrias, como a de cosméticos.
     A maior parte da mão de obra envolvida na extração do coco de babaçu é de mulheres, as chamadas quebradeiras, que trabalham em condições precárias.  Muitas vezes elas precisam pagar para entrar nas fazendas onde há as palmeiras, que são particulares, e onde geralmente também se pratica a pecuária. Uma das soluções encontradas por essas trabalhadoras para enfrentar as dificuldades foi organizarem-se em cooperativas.
        A economia do Meio-Norte tem se baseado também na criação de gado e na cultura de algodão e de arroz.
        Nas últimas décadas, no Meio-Norte, vem ocorrendo à expansão da cultura da soja, destinada à exportação. Isso aumentou ainda mais a concentração da propriedade rural nas mãos de poucos e intensificou os conflitos pela terra. Apesar dos problemas criados a cultura mecanizada da soja tornou-se uma das mais importantes atividades econômicas dessa sub-região.
        A soja produzida é exportada pelo Porto de Itaqui, em são Luís, capital do maranhão e principal cidade do Meio-Norte, onde se concentram as atividades de comércio e serviços. Além da soja, pelo Porto do Itaqui também se exporta boa parte dos minérios extraídos da Serra dos Carajás, no Pará, que ali chega pela estrada de ferro Carajás – Itaqui.     

    O fenômeno da seca no Sertão
       O clima semiárido do Sertão é o mais seco do país, com pluviosidade média anual de 1000 milímetros (mm). Em 50% do Sertão, no entanto, os índices variam entre 500 (mm) e 750 (mm). Porém, em certas áreas dessa sub-região, a quantidade de chuvas durante o ano não chega a 300 (mm).
        Além de poucas, as chuvas no Sertão são mal distribuídas ao longo do ano. Em geral, as épocas mais chuvosas vão de dezembro a abril, sendo que, em determinadas áreas, os períodos de estiagem são mais prolongados e podem durar até 11 meses sem chover uma única vez.
        Quando as chuvas não caem na época prevista e o período de estiagem se prolonga de um ano para o outro acontece a seca. A ocorrência das secas está associada, entre outros motivos, às mudanças que ocorrem na circulação atmosférica provocada pelo aquecimento anormal das águas do oceano Pacífico, fenômeno conhecido por El Niño.
       Com o El Niño, uma zona de alta pressão atmosférica se estabelece sobre o Sertão nordestino, impedindo chegada de massas de ar úmidas, que vem vêm da Amazônia e do oceano Atlântico, e das frentes frias vindas do sul do país, que normalmente levariam chuvas ao Sertão.  
        Observação: no Sertão nordestino durante o El Niño, o que aumentam são as estiagens.
        As características do relevo nordestino também contribuem, em grande parte, para a escassez de chuvas no Sertão. As altitudes mais elevadas ao longo da faixa litorânea, principalmente as encostas íngremes do planalto da Borborema, que se estende desde o Rio Grande do Norte até Alagoas, funcionam como uma barreira aos ventos úmidos que sopram do oceano.
        Ao se deparar com esse relevo, os ventos carregados de umidade se elevam, formando as nuvens que dão origem a chuvas intensas e frequentes. Assim, quando chegam ao interior do continente, os ventos já perderam a umidade e estão muito secos, o que dificulta a formação de nuvens e a ocorrência de chuvas.

    O lugar mais seco do Brasil
       O município de cabeceiras, com apenas 4907 habitantes, localizado no interior do estado da Paraíba, a 184 quilômetros da capital João Pessoa, pode ser considerado o mais seco do país. Nesse município, chove em média apenas 331 mm durante o ano interior, o menor índice pluviométrico do país. Esse índice equivale à mesma quantidade de chuvas que ocorre em um único mês em certas regiões da Amazônia.

    Seca e movimento populacional do Nordeste
       Além das mudanças ocasionadas na paisagem, a seca também provoca consequências diretas sobre a população que vive no Sertão. Durante as secas mais prolongadas, a falta de água prejudica os camponeses, sobretudo os pequenos proprietários rurais, que perdem suas lavouras de subsistência e os pequenos rebanhos. Sem condições de sobreviver com o sustento da terra, muitas famílias abandonam o campo e migram para outras áreas fugindo das secas.
       Entre as décadas de 1950 e 1980, os migrantes nordestinos dirigiram-se principalmente para o Sudeste, sobretudo para o estado de são Paulo, em busca de trabalho nas fábricas ou na construção civil.
        Outras correntes migratórias também ocorreram em direção ao Centro-Oeste do país, durante a construção de Brasília, e para a Amazônia, nas novas áreas de fronteira agrícola.
        Mais recentemente no entanto, grande parte dos trabalhadores que deixam o Sertão tem migrado para as grandes cidades da própria região Nordeste, como Salvador, Recife e Fortaleza, entre outras que estão passando por um período de crescimento econômico. Essa migração tem causado sérios problemas, como inchaço populacional e aumento da favelização.
     A migração em direção aos grandes centros urbanos contribui para o crescimento desordenado das periferias, como ocorre na cidade do Recife, capital do estado de Pernambuco.

Fonte: Livro, Projeto Radix. Ed. Scipione. Imagens: Google.



 




sábado, 25 de agosto de 2012

Autosuficiência e autodeficiência


                                               
O Brasil, como a Venezuela, é um país autossuficiente na produção de petróleo. Como explicar que na Venezuela o motorista enche um tanque de carro com 10 reais de gasolina e no Brasil, país vizinho, com 10 reais o motorista só recebe 3 litros e meio do combustível? A resposta é simples, mas revoltante. É que na Venezuela, o governo democrático de Hugo Chaves estatizou a empresa produtora de petróleo e garante prioridade servir a seu povo. Já no Brasil, o governo também dito democrático, continua mantendo a Petrobrás como empresa semiprivatizada e entregue totalmente ao mercado financeiro.
Assim, 51% do lucro da empresa é estatal e 49% pertencem aos acionistas e estes exigem ganhar mais lucros. A Petrobrás não tem mais o controle do Estado brasileiro, é uma empresa privada e segue a lei do mercado. Assim não tem jeito de o governo baixar o preço dos combustíveis. Hoje sobe o preço do óleo diesel, amanhã sob o preço da gasolina e ninguém pode contestar. É a lei do mercado dizem. É o absurdo de uma sociedade que lutou ferozmente em 1950 na campanha pelo “petróleo é nosso” e agora o petróleo é deles, por conta das privatizações das empresas estatais.
Assim também acontece com o etanol. O Brasil é pioneiro na invenção do combustível vegetal, da cana de açúcar, no entanto o preço do etanol é um absurdo de caro. Quem controla o preço do etanol são os usineiros de cana de açúcar. Se o governo brasileiro fosse como o de Hugo Chaves, que muitos consideram ditador, o etanol poderia também ser estatal e o preço desse combustível poderia ser mais barato, porque mais ecológico. Porém, o governo brasileiro é mais democrático que o da Venezuela e por isso, deixa o livre mercado do etanol.
Este é o país que vai pra frente, enquanto seu povo paga o preço e um quarto da população depende do bolsa família. Com tal submissão ao mercado financeiro o Brasil, autossuficiente na produção de combustíveis e na produção de soja, minérios e gado, também carrega a vergonha de ¼ de sua população viver na miséria. 50 milhões de brasileiros dependem da mixaria do bolsa família. Ontem o petróleo era nosso e hoje é dos acionistas da Petrobrás. Triste democracia que é humilhada pela Petrobrás da Venezuela que enche um tanque com 10 reais de gasolina!

Fonte: imagens Google. Rádio rural de Santarém