quinta-feira, 28 de setembro de 2017

Movimentos migratórios

Movimentos migratórios
Migração – é todo movimento de população que ocorre no espaço geográfico.
Migrante é aquele que realiza o movimento de migração.
Emigração – refere-se ao ato da saída de uma região.
Imigração – refere-se ao ato da entrada em uma região.
Causas do deslocamento
Naturais – como a desertificação de um local, secas prolongadas, inundações, terremotos... 
No Brasil podemos lembrar as secas prolongadas que ocorrem no Sertão.
Políticas/religiosas – incluindo guerras civis, revoluções, perseguições religiosas, conflitos separatistas, discriminação com violência (racismo)...
Econômicas – são as de maior importância no caso das migrações internas no Brasil. Inclui a decadência econômica de uma região e o crescimento de outra.
Migrações no Brasil
Historicamente observamos muitos movimentos migratórios no Brasil, muitos deles vinculados a ciclos econômicos. Podemos citar:
Séculos XVI e XVII – deslocamento de pessoas do litoral para o interior do Nordeste acompanhando a expansão da pecuária (através do Vale do São Francisco);
Século XVIII – deslocamento de paulistas e nordestinos para Minas Gerais, Goiás e Mato Grosso atraídos pela descoberta de ouro e pedras preciosas;
1870-1910 – deslocamento de nordestinos para a Amazônia (especialmente para o Acre, durante o ciclo da borracha;
Final do século XIX - início do século XX – nordestinos para São Paulo, atraídos pela cafeicultura;
década de 1940 – nordestinos para oeste paulista e norte do Paraná, atraídos pela expansão da cultura do algodão;
década de 1950 – nordestinos para Goiás, atraídos pela oferta de empregos na construção civil durante a construção de Brasília;
décadas de 1960/70 – nordestinos para a Amazônia, devido aos projetos de colonização agrícola e de mineração, além da abertura de rodovias como a Transamazônica.
Historicamente a principal região de emigração no Brasil tem sido o Nordeste.
Isso não se deve exclusivamente às secas, mesmo porque não é só o sertanejo que deixa sua região. 
A falta de empregos, de infraestrutura, a concentração de terras e o baixo padrão de vida são os fatores principais para a saída dos nordestinos de sua região. 
A seca é um agravante para aqueles que moram nas áreas afetadas por esse fenômeno climático. 
migrações pendulares diárias – são comuns nas grandes regiões metropolitanas. Trata-se de um movimento de ida e volta durante um dia.
Envolve especialmente o deslocamento de casa para o trabalho e a volta para a casa. Milhões de brasileiros executam esse movimento diariamente.
Migrações inter-regionais – envolvem o deslocamento de uma região brasileira para outra. 
É tradicional o deslocamento de nordestinos para o Sudeste (atraídos pelo mercado de trabalho, pela industrialização e construção civil, além do melhor padrão de vida nas metrópoles do Sudeste). 
Ressaltando o deslocamento de sulistas para o Centro-Oeste e Amazônia acompanhando a expansão das fronteiras agrícolas brasileiras. 
Na década de 1990 esses movimentos inter-regionais diminuem de intensidade. 
A saturação das metrópoles do Sudeste tem provocado até um retorno dos nordestinos à sua região.
Migrações intra-regionais – são aqueles que ocorrem entre os estados de uma mesma região. 
Os movimentos de curta distância apresentaram uma intensificação nos anos 90. 
Destacam-se como centros de atração mais recentes os estados de Tocantins, Goiás, Amapá e Maranhão.
Observamos também um menor crescimento populacional nas metrópoles de várias regiões metropolitanas e um maior crescimento nos municípios periféricos a essas capitais, até mesmo fora das regiões metropolitanas. 
Os municípios de porte médio têm obtido um crescimento mais expressivo.
A partir de 1934, com a Lei de quotas restringindo a entrada dos imigrantes, com a crise na cafeicultura e, mais tarde, a Segunda Guerra Mundial e a recuperação econômica na Europa, diminui a entrada de imigrantes no Brasil. 
Nas últimas décadas temos recebido principalmente sul-americanos, africanos e asiáticos.
Observe os principais grupos de imigrantes que vieram para o Brasil:
Portugueses – em grande número se distribuíram por várias regiões do país, especialmente no Sul e Sudeste, em atividades urbanas (comércio e indústria). Vale lembrar também dos portugueses na Campanha Gaúcha desenvolvendo a pecuária extensiva nas estâncias; 
Italianos – destacaram-se na Região Sul (Vale do Tubarão, no sul de SC, e Serras Gaúchas – Caxias do Sul, Garibaldi, Farroupilha, Flores da Cunha, Bento Gonçalves) com a produção de uva e vinho, e principalmente em São Paulo, como mão de obra assalariada na cultura de café no oeste paulista e na capital e região do ABC no setor industrial;
Espanhóis – entram no Brasil principalmente no século XX, concentrando-se
nas Regiões Sudeste e Sul em atividades do comércio e indústria; 
Alemães – entram em pequeno número no Espírito Santo e São Paulo e em maior número na Região Sul (Joinvile, Vale do Itajaí, Serras Gaúchas e proximidades de Porto Alegre). 
Desenvolvem atividades de policulturas e
criação em pequenas e médias propriedades e pequenas produções industriais caseiras; 
Japoneses – sua primeira entrada no Brasil ocorre em 1908 e concentram-se principalmente no período entre 1920 e 1934.
Dirigem-se para a Amazônia iniciando os cultivos de juta e pimenta-do-reino, para o oeste paulista (Marília, Bastos e Tupã) com atividades ligadas à granjas, algodão e sericicultura, para
o Vale do Ribeira (chá e banana), para o Vale do Paraíba (arroz e hortifrutigranjeiros) e arredores da capital paulista (o chamado cinturão verde com a produção de hortifrutigranjeiros). 
Além desses grupos há também a entrada de imigrantes eslavos (principalmente no Paraná), sírios, libaneses, turcos, judeus, asiáticos do extremo oriente, e reduzidas presenças de franceses, holandeses e até norte-americanos.

População absoluta – refere-se ao número total de habitantes de uma cidade, região ou país. 
População relativa – pode ser chamada também de densidade demográfica e é obtida dividindo-se o número de habitantes pela área em que eles vivem (nº hab/Km_).
Segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), o Brasil possui 204.450.649 habitantes, ocupando o 5º lugar no mundo. O Brasil é um país muito populoso (aquele que tem muitos habitantes). A densidade demográfica em nosso país é de 24 hab./Km. É um número baixo e, assim, podemos considerar o Brasil um país pouco povoado.
A população brasileira encontra-se mal distribuída pelo território, concentrando-se, por motivos históricos e econômicos, em áreas próximas ao litoral.
Avançando para o interior do país encontramos densidades cada vez menores, com grandes vazios demográficos na Amazônia.
A população brasileira apresenta maioria de mulheres com pequena diferença sobre homens.
Essa vantagem pode ser explicada pela maior expectativa de vida entre as mulheres e pela maior incidência de mortes violentas (causas não naturais) entre os homens.
A melhoria no padrão de vida da população brasileira tem permitido a elevação de sua expectativa de vida. 
Com o brasileiro vivendo mais e com a queda da natalidade e da fecundidade altera-se a composição etária de nossa população.
O Brasil já apresenta maioria de adultos. 
O percentual de jovens está reduzindo e, além disso, aumenta também o percentual de idosos. 
Habitantes em 28/09/2017: 208 053 028. 
Taxa bruta de mortalidade: 6  por mil.
Taxa de natalidade: 15 por mil. 
Taxa média anual do crescimento da população 0,909 %. Dados IBGE. (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
Segundo o Banco Mundial, a estimativa de vida do brasileiro era de 54,20 anos em 1960.
Em 2015, a expectativa passou para 74, 68 anos.
Os governantes brasileiros querem a Reforma da Previdência. Estes, alegam que os habitantes do Brasil estão se aposentando muito cedo em comparação a outros países. A diferença é o retorno dos impostos em outras nações. O contribuinte paga durante 30 – 35 anos para poder se aposentar. Não precisa que ninguém trabalhe por ele depois de aposentado para manter sua aposentadoria, ou seja, a conta não fecha.

 IBEP, ensino fundamental. Dados IBGE. (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Banco Mundial..

Nenhum comentário:

Postar um comentário