· Embora haja diversas teorias sobre a formação do
Sistema Solar, ao certo, ninguém sabe como ele surgiu de fato. Mas, atualmente,
entre essas teorias, a mais aceita é a da Hipótese Nebular. Ela defende que o
Sol começou a brilhar quando seu núcleo atingiu aproximadamente 10 milhões de
graus Celsius, e em consequência, também passou a sofrer uma série de reações
de fusão nuclear que acabou gerando radiação suficiente para provocar um vento
solar muito forte. Esse vento, conhecido como “onda de choque”, espalhou o gás
e a poeira restantes das redondezas da estrela recém-nascida, para outros
corpos, incluindo os planetas, que também acabavam de se formar a partir de
enormes colisões entre protoplanetas (condensação de matéria que constitui a
fase inicial na evolução de um planeta). De acordo com a mesma teoria, a
composição desses aglomerados celestiais que mediam vários quilômetros, manteve
uma estreita relação de distância com o Sol. Longe do astro, onde a temperatura
era muito baixa, os corpos congelaram; enquanto perto deles, o gelo evaporou
deixando apenas rochas e metais. Logo, no sistema solar exterior formaram-se
grandes massas que deram origem aos planetas gigantes gasosos, de intensa
gravidade e densas atmosferas; enquanto, mais próximos ao Sol, formaram-se os
planetas terrestres.
Os componentes do Sistema Solar
· O Sistema Solar é um conjunto de astros formados
pelo Sol, os planetas e seus satélites, os cometas e os asteroides. O Sol é uma
estrela formada amarela com aproximadamente 695.500 km de raio e sua massa é de
cerca de 330 mil vezes maior que a massa da Terra.
·
Os planetas são astros que giram ao redor do Sol
seguindo trajetórias quase circulares chamadas órbitas. Quanto mais distantes
se encontra um planeta, mais tempo demora para dar uma volta ao redor do Sol.
Assim, Mercúrio, o mais próximo, leva apenas 88 dias para completar uma volta
(translação) enquanto Netuno, o mais distante, leva 164,8 anos.
· Quase todos os planetas do Sistema Solar têm
satélites (a Terra tem um único, Marte tem dois...). Existem quatro planetas
que têm anéis: Júpiter, Saturno, Urano e Netuno. Os outros três tem anéis bem
menos visíveis.
Tamanhos e distâncias
· O maior astro do Sistema Solar é o Sol, tanto que
deixa pequenos os outros componentes do Sistema. Os maiores planetas são
Júpiter, Saturno, Urano e Netuno. Tal é seu tamanho que algumas vezes são
designados como “gigantes gasosos”. Os planetas rochosos (a Terra, Marte, Vênus
e Mercúrio) são bem menores. De acordo com o raio da órbita, isto é, a
distância até o Sol, distinguem-se dois grupos de planetas, os planetas
interiores (Mercúrio, Vênus, Terra e Marte) e os planetas exteriores (Júpiter,
Saturno, Urano e Netuno).
· Todos os planetas orbitam ao redor do Sol no mesmo
plano. Plutão, cuja órbita está inclinada em relação aos planetas do Sistema
Solar e cruza com a de Netuno, apresenta ocasiões em que está mais próximo do
Sol que Netuno. Esse foi um dos motivos pelos quais Plutão perdeu o status de
planeta e passou a ser um planeta-anão, além, sem dúvida, de seu reduzido
diâmetro e de sua pequena massa.
O Sol
·
O Sol é uma estrela do Sistema Solar. Planetas,
asteroides e outros astros orbitam ao seu redor. É uma estrela de tamanho
mediano, composta principalmente de hidrogênio (92,1%) e hélio (7,8%) e outros
elementos (0,1%) (porcentagem do número de átomos).
·
Entretanto, comparado com a Terra, o volume do Sol é
enorme (aproximadamente 1,3 milhão de vezes o volume terrestre) e sua densidade
é de apenas 1,41g/cm³. Sua massa, por isso, é somente 332946 vezes a massa da
Terra.
·
O Sol é uma estrela de tamanho mediano. Tem
aproximadamente entre 4,5 e 5,0 bilhões de anos, portanto metade de sua vida
útil.
·
Como a Terra, o Sol tem um movimento de rotação.
Este demora menos para ser completado na zona equatorial (período de 26,8 dias)
que nos polos (36 dias). Essa rotação diferencial não acontece apenas no Sol;
os grandes planetas gasosos também a apresentam.
As partes do Sol
·
Coroa: envoltório
externo de gases que alcança milhares de quilômetros de altura. Estudos recentes demonstram que a emissão do
vento solar seja possivelmente uma corrente de partículas eletricamente
carregadas emitidas pelo Sol, explicando por que a temperatura da coroa solar
chega a 1 milhão de graus Celsius e apenas 5 500 °C na superfície do Sol.
·
Cromosfera
ou esfera de cor: Zona na qual tem origem as protuberâncias solares,
nuvens em chamas com até 200 mil Km de altura.
·
Fotosfera
ou esfera de luz: tem apenas 400 km de espessura e é formada por uma
massa gasosa incandescente, na qual existem regiões escuras chamadas manchas
solares. São zonas mais frias, cuja temperatura é de 3 500 °C.
·
Camada
de convecção: é a camada do Sol onde a energia se propaga
através de movimentos convectivos, ou seja, a parte que está em contato com a
“Zona de Irradiação’’ é aquecida e, com isso, sua densidade diminui e tende a
subir para a superfície e o que está na superfície desce para entrar em contato
com a “Zona de Irradiação”“. Esse é o mesmo processo que ocorre com a água
fervente num recipiente em aquecimento no seu fundo.
·
Camada
radiativa: também chamada de capa ou envoltório com cerca de 280 mil km de
espessura.
· Núcleo:
mede aproximadamente 400 mil km de diâmetro e em seu centro a temperatura
supera os 15 600 000 °C.
· Manchas
solares: são zonas que têm uma temperatura menor que o resto da superfície do Sol
(encontram-se a aproximadamente 3 500 °C, cerca de 2 000 °C menos que as zonas
adjacentes). Por esse motivo, essas zonas são mais escuras que o restante do
disco solar. Podem ser muito extensas, de até 50 000 km de diâmetro. O número
de manchas visíveis no Sol muda com o tempo em um ciclo que se repete a cada
onze anos.
· Proeminências
solares: além das manchas solares, outros fenômenos muito mais violentos e
energéticos são frequentemente produzidos no Sol. As proeminências solares
partem da superfície e são enormes línguas de fogo de milhares de quilômetros
de comprimento. Essas labaredas emitem ao espaço exterior muitas partículas que
chegam aos confins do Sistema Solar.
· Emissão
de energia: a energia emitida pelo Sol deve-se a uma reação de
fusão nuclear que acontece em seu interior, em condições de elevada temperatura
e pressão, através da qual dois átomos de hidrogênio se transforma em um átomo
de hélio.
Outras
estrelas em relação ao Sol.
Sírius: Constelação Cão Maior.
Raio: 2
vezes maior que o Sol.
Vega:
constelação Lira.
Raio: 4
vezes maior que o Sol.
Capella:
constelação Auriga.
Raio: 10 vezes maior que o Sol.
Arcturus: constelação
Boötes. (Estrela gigante vermelha).
Raio:
23 vezes o raio solar.
Betelgeuse:
constelação Órion. (Estrela supergigante vermelha).
A estrela
Betelgeuse localiza-se no “ombro” da constelação conhecida como Orion, o
Caçador. Ela é 1000 vezes maior que o Sol, é uma das maiores estrelas
conhecidas e também uma das mais luminosas, emitindo mais luz do que 100000
Sóis juntos. Porém toda essa força tem um custo, a estrela encontrará seu
destino final com uma espetacular explosão de supernova em poucos milhões de
anos.
Fonte: Guia do Estudante, Ed. Moderna. Imagens Google.
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