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Conferência de
Bretton Woods, realizada nos Estados Unidos em 1944, reuniu os presidentes dos
países Aliados e teve como principal objetivo planejar a estabilização da
economia mundial, então abalada pela guerra.
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Entre as decisões
tomadas estão: o dólar norte-americano tornou-se a moeda de referência no
mercado internacional, ou seja, o valor das mercadorias comercializadas entre
os países seria definido não mais pela libra esterlina inglesa como ocorria,
mas pela cotação do dólar no mercado mundial; foram criadas duas organizações
financeiras mundiais: o Fundo Monetário Internacional (FMI) e o Banco
Internacional para Reconstrução e Desenvolvimento (BIRD), cuja função era
fornecer empréstimos financeiros aos países em dificuldades econômicas; foi
instalado o Acordo Geral de Tarifas e Comércio (Gatt) órgão supranacional que
passaria a regular o comércio internacional.
As alianças
militares na Guerra Fria
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O confronto direto
entre Estados Unidos e União Soviética era evitado ao máximo, pois isso
resultaria numa catástrofe planetária, esses países passariam a financiar
diversos conflitos armados regionais como forma de cooptar um maior número de
nações aos seus respectivos blocos. Durante aproximadamente quatro décadas de
Guerra Fria, dezenas de conflitos armados ocorreram no planeta.
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A guerra do Vietnã
recebeu uma investida maciça dos Estados unidos foi a que repercutiu mais
intensamente na opinião pública internacional.
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Durante parte do
conflito, os norte-americanos mantiveram no território vietnamita um efetivo
militar composto de cerca de mais de 500 mil homens prontos para combater
guerrilheiros comunistas do Vietnã.
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Após inúmeros
combates e milhares de baixas, as forças norte-americanas foram derrotadas e
reti8raram-se da região.
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Os vietcongues
tomaram Saigon (capital do Vietnã do Sul) e, em 1976, o País foi oficialmente
reunificado sob o regime comunista.
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Durante a Guerra
Fria consolidaram-se alianças militares lideradas por Moscou e Washington, como
a Organização do tratado do Atlântico Norte (OTAN) – aliança firmada em 1949
entre Estados Unidos, Canadá e países da Europa Ocidental – e o Pacto de
Varsóvia – tratado estabelecido em 1955 entre a União Soviética, Albânia (que
se retirou em 1968), Polônia, Alemanha Oriental, Tchecoslováquia, Hungria,
Romênia e Bulgária. Outras alianças foram criadas pelos norte-americanos na
Ásia e Oceania, como forma de impedir o avanço socialista na região.
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A corrida
armamentista entre as duas superpotências veio como forma de alcançar um
equilíbrio de poder em escala mundial. Ambas acreditavam que, quanto mais bem
equipadas militarmente, mais protegidas estariam de uma ofensiva do inimigo.
Desenvolveram tecnologias bélicas altamente sofisticadas nas áreas aeronáutica,
naval, espacial e terrestre, que foram aplicadas à fabricação de aviões de
caça, navios, submarinos, tanques e mísseis, muitos deles carregados com ogivas
nucleares (ogiva nuclear: artefato bélico que contém carga nuclear, sendo
geralmente acoplado a um míssil de médio ou de longo alcance).
A conquista
espacial
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O domínio
tecnológico e científico espacial poderia definir a supremacia de uma ou de
outra superpotência tanto no campo econômico como no campo político-ideológico.
Simultaneamente à corrida armamentista, ocorreram importantes conquistas
ligadas ao conhecimento do espaço sideral, como a criação de satélites
artificiais, de naves tripuladas e de sondas de exploração que possibilitaram
obter quantidades de informações sobre a Lua, o sistema solar e o Universo,
ambos inexplorados.
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A URSS saiu na
frente e em outubro de 1957, lançou ao espaço uma pequena esfera dourada dotada
de um transmissor, o Sputnik, primeiro satélite artificial produzido pelo ser
humano. Em novembro do mesmo ano, os soviéticos lançaram o Sputnik 2, que se
destacou por ter sido a primeira nave tripulada
por um ser vivo (a cachorra Laika).
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No ano seguinte, os
norte-americanos lançaram o Explorer I, satélite artificial que transportava
aparelhos de pesquisa. Nessa mesma época foi criada a Administração Nacional da
Aeronáutica e do Espaço (Nasa), a agência espacial norte-americana.
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No ano de 1959, a
URSS lançou o projeto Luna, que permitiu fotografar a superfície da lua pela
primeira vez. Em abriu de 1961, os norte-americanos foram superados outra vez,
com o primeiro voo tripulado pelo homem: o cosmonauta Yuri Gagarin, a bordo da
nave Vostok I, foi o primeiro homem a orbitar a Terra. Sua frase “A Terra é
azul”, é uma das mais famosas da história.
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A partir de então,
o objetivo dos Estados Unidos passou a ser pisar na Lua. Foi investido um
grande capital em pesquisas espaciais, que permitiu em 1962 que um
norte-americano (John Gleen) também orbitasse o planeta. Em 1963, a União
Soviética enviou ao espaço a primeira mulher, a russa Valentina Tereshkova.
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A hegemonia
espacial dos dois países foi sendo colocada à prova diversas vezes. Foguetes e
naves tornaram-se mais sofisticados, assim como o conhecimento de outros países
e do Universo. Nem os acidentes ocorridos ambos conseguiram interromper a
disputa.
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Em 1969, dois dos
três astronautas da nave Apollo II pisaram na Lua, um evento transmitido ao
mundo pela televisão. Após essa conquista, a corrida espacial estagnou. Em
1975, soviéticos e norte-americanos acoplaram suas naves no espaço, realizando
experimentos e trocando informações. Chegando ao fim as grandes rivalidades.
Talvez esse fato já demonstrasse o que mais alguns anos se tornaria público, a
estagnação soviética e o fim de um período de 70 anos, desde Lênin e os bolcheviques
até a Perestroika e a Glasnost.
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Nos anos 1980, os
russos criaram a estação espacial Mir, pois dessa forma seria possível a
instalação de módulos espaciais na órbita terrestre, com a finalidade de
receber pesquisadores para longa permanência no espaço. Em março de 2001, após
quinze anos de pesquisas, a Mir foi desativada.
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A conquista
espacial trouxe diversos benefícios para a vida moderna. Vários produtos
utilizados no dia a dia originaram-se de estudos com a finalidade da ida do
homem ao espaço. Comidas desidratadas, o velcro usado para substituir os
botões, a liga de carbono, muito leve usada como isolante térmico em
espaçonaves, também para armações de óculos. Diferentes tipos de tintas,
técnicas de análises de imagens, máquinas em miniatura, ferramentas e o teflon
utilizado em panelas.
A tecnologia das
imagens orbitais e a Guerra Fria
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A corrida
armamentista e espacial possibilitou o surgimento de novas tecnologias pelas
superpotências com a finalidade de conhecer e espionar os territórios alheios.
A partir dos anos 1950 paralelamente aos avanços bélicos e espaciais, houve um
grande avanço no desenvolvimento de técnicas de sensoriamento remoto.
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Aviões equipados
com câmeras aerofotográficas. Aeronaves utilizadas em atividades de espionagem
visando bases militares, equipamentos de guerra. Essas aeronaves eram
utilizadas em espionagem, dessa forma poderiam localizar bases militares,
equipamentos e deslocamento de tropas determinando assim, alvos e estratégias
mais eficazes.
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Entre os principais
aviões espiões fabricados durante a Guerra Fria está o norte-americano U-2,
capaz de obter imagens em qualquer condição climática dos territórios inimigos
por meio de câmeras e potentes radares. As imagens obtidas pelo U-2 permitiram
que os norte-americanos descobrissem operações secretas soviéticas.
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Outro legado
tecnológico fundamental foi o desenvolvimento das imagens orbitais obtidas por
meio de satélites artificiais. Primeiro foram desenvolvidos os satélites
artificiais de comunicação e, a partir da década de 1960, surgiram os satélites
de monitoramento climático, oceânicos e ambientais.
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Nos anos 1970, o
governo brasileiro criou o Projeto Radam da Amazônia, com base na tecnologia de
radares para obtenção de imagens orbitais desenvolvida pelos norte-americanos.
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O Projeto Radam
tinha o objetivo de realizar um grande levantamento dos recursos do solo e do
subsolo da região. Com o auxílio da Nasa, a força aérea brasileira equipou um
avião com radar e instrumentos
específicos para obtenção de
imagens, até então inéditas, da área da floresta.
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Em 1975, o projeto
passou a ser denominado Radam Brasil, produzindo imagens de todo o território
nacional, permitindo um mapeamento geomorfológico, geológico, botânico e
cartográfico de nosso país.
Tipos de satélite
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Satélites meteorológicos: permite aos cientistas monitorar o deslocamento
de massas de ar e correntes marítimas, além da formação de fenômenos
atmosféricos.
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Satélites de recursos terrestres: seus sensores eletrônicos especiais possibilitam
o monitoramento de extensas áreas da superfície do globo, gerando imagens de
regiões habitadas e transformadas pela ação humana.
A nova ordem e o mundo multipolar
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A extinção da União
Soviética e a reaproximação dos países da Europa Oriental e as potências
capitalistas levaram o socialismo a um
enfraquecimento em escala mundial. A velha ordem bipolar, caracterizada pela
oposição entre capitalismo e socialismo, deu lugar a uma nova realidade
geopolítica. Atualmente, apenas alguns países adotam o regime socialista, entre
eles China, Coréia do Norte e Cuba.
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A crise soviética
favoreceu a aproximação socioeconômica entre Inglaterra, França e Alemanha,
resultando na criação da União Europeia (UE), juntamente com Japão e Estados
Unidos passaram a dividir a hegemonia mundial no plano econômico.
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A União Europeia
surgiu no começo da Guerra Fria, possibilitando aos países da Europa Ocidental
ajudar-se mutuamente promovendo a reconstrução de suas economias. Nas últimas
décadas, a UE consolidou-se e tornou-se o maior bloco econômico do mundo.
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O governo do Japão
recebeu grandes investimentos do governo norte-americano reerguendo a economia
do país. Na década de 1980 o Japão já despontava como a segunda economia mundial,
atrás apenas dos Estados Unidos.
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No início da década
de 1990, uma nova ordem geopolítica mundial surgia. Composta de vários polos ou
centros de poder, dos quais se destacam EUA, EU e Japão. O sistema econômico em
questão é o capitalismo constituindo o chamado mundo multipolar.
Fonte: Geografia, Espaço e Vivência. Ed. Saraiva, 2010.
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