terça-feira, 30 de agosto de 2011

Blocos Econômicos



Acordo Norte-americano de Livre Comércio – Nafta
·      O Nafta é uma área de livre-comércio que constitui o bloco econômico regional mais importante das Américas;
·      Começou a se configurar em meados de 1988, ano em que norte-americanos e canadenses firmaram um acordo comercial;
·      Em 1992, esse acordo foi ampliado com a inclusão do México, sendo formalizado em 1° de janeiro de 1994;
·      Objetivo principal do Nafta: promover a livre circulação de mercadorias e serviços entre os três países por meio da eliminação gradativa das barreiras legais e das tarifas alfandegárias; 
·      Ampliar consideravelmente as relações comerciais entre as nações do bloco;
·      Fomentar o crescimento econômico do Nafta;
·      Fazer frente à concorrência representada pela economia japonesa e pela UE;
·      O Nafta é um dos blocos regionais econômicos regionais mais representativos do mundo;
·      Abriga uma população aproximada de 447 milhões de habitantes e possui um PIB superior a 16 trilhões de dólares;
·      Forte economicamente e competitivo, o Nafta apresenta disparidades internas consideráveis;
·      O PIB dos EUA é cerca de sete vezes maior que o Canadá e do México juntos;
·      A nação mexicana tem a renda per capta mais baixa da América do Norte;
·      Polêmicas à parte houve um grande crescimento do comércio regional, o que favoreceu bastante a economia mexicana e ajudou o país a enfrentar a concorrência representada pela EU e pelo Japão;
·      Para vender seus produtos, o México tornou-se muito dependente dos Estados Unidos;
·      O Canadá também é dependente, segundo alguns, país satélite dos Estados Unidos.
   Mercado Comum do Sul – Mercosul
·      O Mercosul, bloco econômico mais importante da América do Sul, representa cerca de 70% do território sul-americano e, aproximadamente, 64% de sua população;
·      O bloco é composto por quatro países (Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai);
·      O bloco começou a se configurar por volta de 1985, quando Brasil e Argentina iniciaram uma aproximação econômica, demonstrando vontade de estabelecer uma integração bilateral;
·      O processo de integração na região possibilitou a criação do Mercosul em 26 de março de 1991;
·      Paraguai e Uruguai uniram-se a Brasil e Argentina e assinaram o Tratado de Assunção, iniciando o processo de formação do Mercado Comum do Sul;
·      Ao assinar o tratado, os países membros estabeleceram basicamente quatro objetivos com a formação do bloco: maior abertura, da economia dos países – membros para uma inserção mais competitiva no mercado mundial; favorecimento da economia de escala; o estímulo dos fluxos de comércio com o resto do mundo por meio de acordos multilaterais e bilaterais; o desenvolvimento progressivo da integração da América do Sul;
·      Além de Estados-membros, no Mercosul há países associados, como Bolívia e Chile, que assinaram acordos de livre-comércio com o bloco em 1996, Peru, que adquiriu esse status em 2003, e Colômbia, Equador e Venezuela, se associaram em 2004;    
·      O Mercosul surgiu como ima área de livre-comércio entre os estados membros;
·      Depois do Protocolo de Ouro Preto em 17 de dezembro de 1994 passou a ser uma união aduaneira;
·      Nesse protocolo foi fixada uma Tarifa Externa Comum (TEC), apesar de não ser aplicada a todos os produtos, significou um passo importante em direção à integração econômica regional;
·      Os países- membros precisam definir políticas que os levem ao controle inflacionário, adequação de suas legislações trabalhistas, definição de uma política salarial comum, entre outras medidas que necessitam certo tempo para ser efetivadas;
·      O Mercosul representa uma tentativa de integração econômica regional entre seus países membros e,  um projeto de aproximação e fortalecimento político das nações  da América do Sul;
·      Os países integrantes ganham poder nas negociações internacionais, pois não se apresentam mais individualmente, mas como bloco;
·      O Mercosul envolve um mercado consumidor com mais de 246 milhões de habitantes e um PIB de aproximadamente 2 trilhões de dólares o que o coloca entre os grandes blocos mundiais;
·      O Mercosul tem se transformado em um dos principais polos de atração de investimentos do mundo;
·      O bloco tem sido uma forte arma contra a influência dos Estados Unidos na região, país que tenta assegurar seus interesses comerciais por meio da formação da ALCA e de tratados bilaterais;
·      Aspectos positivos: volume de exportações entre os países do bloco aumentou cinco vezes; ampliação das relações diplomáticas entre os países membros;
·         Uma cláusula nesse tratado exclui do acordo qualquer país que não eleja os seus representantes por meio do voto popular;
Cooperação Econômica Ásia-Pacífico – APEC
·      A Apec é o bloco econômico regional que abarca o sudeste e o leste da Ásia, a Oceania e parte da América banhada pelo oceano Pacífico;
·      O bloco formado por 21 países e por Hong Kong, região administrativa especial chinesa;
·      Surgiu em 1989 para promover a abertura de mercados entre seus membros;
·      São membros do bloco: Estados Unidos, Japão e China, grandes potências mundiais que lideram esse imenso mercado internacional;
·      A principal meta do bloco é estabelecer a livre circulação de mercadorias e de capitais entre as nações desenvolvidas do bloco e instituí-la também nos países em desenvolvimento até 2020, formando uma área de livre-comércio;
·      Para concretizar essa meta, a Apec precisa transpor obstáculos que surgem das grandes desigualdades econômicas entre seus membros, harmonizar os diferentes interesses e disputas comerciais entre os países do bloco;
·      Mesmo enfrentado dificuldades, a formação da Apec possibilitou o crescimento e o desenvolvimento da economia dos países-membros, que expandiram seus mercados e apresentam um PIB superior a 30 trilhões de dólares (aproximadamente 50% da produção mundial);
·      Com grande potencial econômico a população da Apec é de mais de 2,7 bilhões de pessoas (cerca de 40% dos habitantes do planeta) o que a coloca como o maior bloco econômico regional em potencial.
Área de Livre-Comércio das Américas – ALCA
·      O comércio mundial vem se estruturando em grande parte por meio de blocos econômicos regionais;
·      O Mercosul ganhou força nos últimos anos – não obstante as crises econômicas enfrentadas pelos países-membros – com a recente adesão do Chile, da Bolívia e do Peru em caráter de países associados;
·      Tal articulação regional em torno do Mercosul tem posto em xeque a influência dos Estados Unidos na América do Sul, sobretudo no que diz respeito às intenções  de Washington de criar uma área de livre-comércio para todo o continente americano, a Alca;
·      De acordo com vários especialistas, a criação da Alca traria grandes problemas econômicos à região, principalmente ao Brasil, pois nos Estados Unidos há empresas que dispõem de tecnologia, organização, escala de produção, redes de comercialização, marcas, etc., consideravelmente superiores às brasileiras;
·      Essa superioridade afetaria o sistema produtivo brasileiro de forma negativa;
·      A economia brasileira estaria fadada à condição de economia agrícola ou agroindustrial e produtora de bens industriais leves ou tradicionais;
·      Apesar das limitações e das desvantagens que a Alca pode trazer para o Brasil, há quem defenda a adesão do país a esse acordo, argumentando que, esse o Brasil não participar desse bloco econômico regional, ficará isolado e perderá poder de negociação com outros mercados internacionais;
·      Não funciona dessa maneira, pois uma área de livre-comércio pode favorecer as trocas comerciais, mas não é o único responsável pela expansão do comércio internacional;
·      Um ponto negativo destacado é que, a floresta Amazônica poderia ter a exploração de sua biodiversidade monopolizada por empresas norte-americanas;
·      A Alca é vista por muitos como uma necessidade da economia norte-americana de monopolizar as Américas, dessa forma o Brasil e a maioria dos países americanos perderia sua autonomia na condução de aspectos essenciais da política econômica;
·      Na visão de muitos a Alca é uma forte ameaça à soberania de cada país.

Quando nos referimos aos americanos, nos esquecemos que também somos americanos!
Sul americanos! No Mercosul temos voz, pois este bloco pertence aos países da América do Sul. Nada contra a Alca, mas seremos somente um número, assim como o México no Nafta. Somos um país continente, pois 8.514 876 Km² de território e um contingente de 190 732 mil habitantes (IBGE 2010). O Brasil sozinho é quase do tamanho da Europa com seus 10 500 000 km² de terras emersas. Não é preciso dizer mais nada!
Edison, licenciado em Geografia. Professor da rede pública estadual.
Fonte: Geografia "Espaço e Vivência". Editora Saraiva, 2010.
Imagem: Google.                                                               

Nordeste

·      População: 53.078.137 (Censo IBGE 2010);
·      Estados: Alagoas, Bahia, Ceará, Maranhão, Paraíba, Piauí, Pernambuco, Rio Grande do Norte e Sergipe;
·      Vegetação: Mata Atlântica (em pequenas áreas da região próxima ao litoral); Cerrado (oeste da Bahia e sul do Maranhão), Caatinga (no sertão nordestino, interior), Mata dos Cocais (em áreas do Maranhão, Piauí, Rio Grande do Norte e Ceará);
·       Rios Principais: rio São Francisco, rio Parnaíba, rio Jaguaribe, rio Capibaribe, rio Piranhas-Açu e rio una;
·      Usinas Hidrelétricas: Sobradinho, Paulo Afonso, Três Marias e Xingó;
·       Agricultura (principais produtos agrícolas): cana-de-açúcar (principal produto), tabaco, algodão, caju, manga, uva, acerola e cacau. A cana-de-açúcar é cultivada, principalmente, na região litorânea, onde encontramos o massapé, solo escuro, argiloso e muito fértil;
A colonização do Brasil começou no litoral do Nordeste
·      O litoral nordestino corresponde à faixa de terra banhada pelo Oceano Atlântico desde o estado do Maranhão até o estado da Bahia;
·      Sua extensão é de aproximadamente 3 mil quilômetros, quase a metade de todo o litoral brasileiro;
·      Os primeiros colonizadores europeus que chegaram ao Brasil, cerca de 500 anos atrás, instalaram-se no litoral nordestino e ali fundaram vários povoados;
·      Com o tempo, esses povoados cresceram e se tornaram importantes cidades da região. É o caso de Salvador e Recife, respectivamente nos estados da Bahia e de Pernambuco.
O turismo
·      As cidades litorâneas possuem uma ótima infraestrutura turística (aeroportos, hotéis, pousadas, parques, etc.);
·      Durante o ano inteiro, as belas praias e o clima tropical do litoral nordestino atraem turistas de todas as partes do Brasil e do mundo;
·      Nas cidades litorâneas do Nordeste, o turismo é uma importante atividade econômica que gera empregos e renda, contribuindo para o desenvolvimento da região;
Nem só de praia vive o Nordeste
·      Economia bem diversificada:
·      Há cerca de 30 anos, investimentos têm sido feitos em infraestrutura na Região Nordeste, como a construção de usinas hidrelétricas e a modernização do sistema de transportes (rodovias, portos e etc.);
·      Esse fato, aliado à redução de impostos, atraiu muitas empresas industriais, comerciais e de serviços de outras regiões para o Nordeste;
·      Muitas indústrias deixaram a região Sudeste e se instalaram no Nordeste em busca de benefícios fiscais. Destaque para a produção de petróleo, principalmente no estado do Rio Grande do Norte;
·      Na pecuária, existe uma importante criação de bovinos nos estados do Maranhão, Piauí, Bahia e Pernambuco;
·      Podemos destacar a criação de cabras. A região Nordeste possui o maior rebanho de cabras do país com cerca de 8 milhões de cabeças.
·      Presença de indústrias, nas grandes cidades, de calçados, produtos elétricos e eletrônicos;
·      No estado da Bahia está instalado o polo petroquímico de Camaçari, um dos mais importantes do país  e tecelagem;
·       Destaque para o Distrito Industrial de Ilhéus (Bahia), Complexo Industrial de Suape (Pernambuco), Distrito Industrial de Maracanaú (Ceará);
·      Na área de tecnologia, podemos destacar o Porto Digital do Recife (maior polo tecnológico do país), com ênfase na produção de softwares.
·      Na agricultura, destaca-se a produção de frutas tropicais (manga, abacaxi, caju, banana, acerola, goiaba, etc.) em regiões irrigadas, principalmente nos estados da Bahia e Pernambuco. Há também na região boa produção de mel;
·      Outro ponto forte da economia nordestina é a criação e comercialização de camarão, pois a região é favorecida climaticamente para esta atividade.
     A paisagem do Sertão
·      A maior sub-região do Nordeste:
·      A Região Nordeste é dividida em quatro sub-regiões: a Zona da Mata, o Agreste, o Sertão e o Meio-Norte;
·      O Sertão localiza-se entre o Agreste e o Meio-Norte;
·      É a maior das subregiões e abrange quase todos os estados nordestinos;
Uma paisagem marcada pela seca
·      O Sertão localiza-se em uma área  de clima semiárido, que tem como principal característica a estiagem, ou seja, a pequena quantidade ou a ausência de chuvas;
·      Os rios do Sertão, em sua maioria, são temporários (secam no período de estiagem);
·      O Sertão é a mais seca das subregiões nordestinas. A Zona da Mata (litoral) é a mais úmida e urbanizada. O Agreste é a área de transição entre a Zona da Mata (úmida) e o Sertão (seco). O Meio-Norte é a área de transição entre o sertão (seco) e a floresta amazônica (úmida);
·      Dentre os poucos rios perenes (que nunca secam), destaca-se o Rio São Francisco;
·      Na paisagem seca do Sertão, a vegetação predominante é a Caatinga, formada principalmente por cactos, arbustos espinhosos e árvores de médio porte adaptadas ai clima quente e seco;
·      Em algumas áreas, o solo do Sertão é formado de argila e pedras. Em outras o solo é arenoso, dificultando a agricultura. Há ainda áreas onde existem os brejos, que são mais úmidos e propiciam a atividade agrícola;
·      Ao contrário do que muitos pensam, a seca não atinge toda região nordeste. Ela se concentra numa área conhecida como Polígono das Secas. Esta área envolve parte de oito estados nordestinos (Alagoas, Bahia, Ceará, Minas Gerais, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte e Sergipe) e parte do norte de Minas Gerais. 
Causas da Seca:
·      A região está localizada numa área em que as chuvas ocorrem poucas vezes durante o ano. Esta área recebe pouca influência de massas de ar úmidas e frias vindas do sul. Logo, permanece durante muito tempo, no sertão nordestino, uma massa de ar quente e seca, não gerando precipitações pluviométricas (chuvas).
·      O desmatamento na região da Zona da Mata também contribui para o aumento da temperatura na região do sertão nordestino.       
O Sertão pode dar frutos
·      Sem água não é possível cultivar alimentos. Mas no Sertão nordestino onde há escassez de chuvas, a agricultura vem se desenvolvendo bastante. Isso só possível com a aplicação de técnicas de irrigação;
·      A irrigação mudou a paisagem de alguns locais do Sertão;
·      Nesses locais, as águas do Rio são Francisco são utilizadas para irrigar áreas onde se desenvolvem verdadeiros pomares;
·      São polos de fruticultura irrigada que produzem uva, manga, abacaxi e melão, principalmente;
·      Entre esses polos destacam-se dois municípios localizados às margens do rio São Francisco: Petrolina, em Pernambuco, e Juazeiro, na Bahia;
·      No Sertão, o cultivo irrigado em geral é realizado em grandes fazendas e utiliza avançadas técnicas de produção;
·      Por causa do alto custo, a maioria dos sertanejos não tem condições de irrigar suas terras e os projetos de irrigação do governo não conseguem atender a todos os pequenos agricultores;
·      Nas épocas de seca, muitos desses pequenos agricultores ficam sem meio de sustento e boa parte decide se mudar para outras cidades, em busca de melhores condições de vida. Essas pessoas que saem do Sertão para fugir da seca são chamadas retirantes.  
O Rio São Francisco
·      As águas do Rio São Francisco são utilizadas para irrigação de cultivos, navegação, pesca e geração de energia elétrica;
·      O São Francisco é um dos poucos rios perenes da Região Nordeste. Por isso, o governo federal quer transferir uma parte das águas do São Francisco para abastecer rios e açudes que secam no período da estiagem.  
Fonte: Projeto Araribá, 2007. Editora Moderna